quinta-feira, 29 de dezembro de 2011





O amor vai além das carnes
Toca as almas, destrói e constrói
Não importa a distância e não importa o tempo
Nada importa!Nada destrói aquilo que é verdadeiro
Nem mesmo outra verdade.



O balançar das águas do mar
Mostra-me que tudo vem e vai.
O sol se vai e espero ver estrelas.
Mesmo que eu não consiga as ver
Sei da existência delas.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011


PENSAMENTOS

São poderosos!

Alguns nos fazem viajar no tempo
Sem sair do lugar;
Outros vêm e vão
Como a brisa do mar.

Controlam-nos o tempo todo.
Entorpecem-nos.
Às vezes machucam,
Amedrontam,
Fazem-nos chorar.
Outras nos dão certeza
De que é a hora certa para amar.

Pensamentos são como pássaros.
Quando presos,
São esquecidos.

São como árvores.
Quando plantados,
Crescem e dão bons frutos.

sábado, 17 de dezembro de 2011



Sem rumo

Corria e corria, mas não chegava a lugar algum
Buscava razões, mas nem sentimentos pude encontrar
Topei numa pedra, mas não desisti
Levantei e continuei a caminhar

Percebi alguns machucados, mas nem dor sentia
Aquele infortúnio fez de minha força ousadia
Uma gota de sangue e um passo dado
Tanta escuridão e uma luz ao meu lado
Nem me espantei, já que não a conhecia
Por mais que me fosse estranha, não me convencia


Dentre as nuvens deslizava uma rosa
Nessa havia espinhos, perfume e era cor de rosa
Quando me tocou, chamei-a de amor
Logo depois, passei a sentir dor

Uma lágrima surgia
O vento soprava em minha pele
Senti uma agonia
E uma voz disse: - Não se desespere!

Algo me abraçou
Senti nos lábios um toque profundo
A luz se concretizou
E levou-me de volta para o meu mundo

Acordei com um suspiro
E um desejo reluzente
Pedi aos céus que eu dormisse eternamente.









Na calada da noite


Na calada da noite
A alma grita
O corpo arrepia
Os pensamentos se contorcem

Na calada da noite
Moram os grandes medos
Aqueles desesperos
Que não te deixam sorrir

Na calada da noite
Algumas portas são fechadas
E janelas forçadas
Já não se pode mais dormir

Na calada da noite
Não se suporta a monotonia
Foi-se a melodia
E todos morrem.


                O Jardim



Colorido, perfumado, inspirador e belo
Assim era o jardim
Que foi apreciado, elogiado
Arrancado e esquecido.
Olhares, toques, carícias
Paixão, amor, malícias
As cores das flores lembravam um arco-íris.
O pôr-do-sol juntou-se
Com o perfume e a beleza do jardim
E as lembranças me vieram à cabeça.
Ao anoitecer,
Tudo se foi.
E no dia seguinte,
Tudo era apenas lembrança.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011





Que sentimento é esse 
Que atravessa a minha alma
Que suga de mim dores profundas
Que faz transparecer a minha lucidez
Que faz nascer flores no deserto
Que tira o valor do diamante
Que faz valer o instante
Que esfria o sol e aquece a lua
Que faz do silêncio a mais bela música
Que tudo espera, mas nada tem
Aceita sem saber de onde vem
Que faz da certeza algo incerto
Que se deixa levar pelas águas do mar
E quando volta,
Seu medo já é coragem
Seu sonho, realidade
A lembrança, saudade
O momento, eternidade.